sábado, 28 de junho de 2008

Ideologias...vc quer uma????


Tava analisando essa semana, que nossos atuais movimentos modais, se distanciaram das ideologias, que foram carro-chefe de tantas mudanças culturais durante séculos em nossa modernidade.
Parece ter havido uma conversão de classe, onde tudo se distancia do questionamento, e se inclina para uma acomodação, sob um viés novo, atual...mas sem questionamentos...
Houve uma perda simbólica dos valores de ideais, para uma questão de imaginários atrelados ao consumo, e a propriedade de ícones de distinção quanto de inserção.
A cultura punk procurava significação na sua expressão; uma significação política,ideológica, que se falava pela moda, pelas atitudes, pela maneira de serem, de estarem...de subverterem a ordem...
e hoje????
só criamos cultura de consumo, de propriedade, de fetichismo...
não estamos questionando, não estamos nos heterogeinizando como um todo, e deixando que os simbolos de uma moda capital, nos leve...
ideologias???
temos que ter uma para viver?????
"O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou.." (Cazuza!!)

sábado, 21 de junho de 2008

Pluralidades!!!!


Hoje Ronaldo Fraga passou pelas passarelas do SPFW, e já seria meu tema de discurssão por aqui da mesma forma; celebrando ou não o Japão e as diversidades de uma mistura de culturas.
O Brasil vive o advento da pluralidade, afinal, se Gisele não vem no Fahion Rio, parece que só uma célebre Victoria's Secret pode fazer algum alvoroço de deusa, e mesmo assim, carregando em si, um ar de Kurkova demais para mim.
Mas meu assunto não é esse, e sim, a heterogeneidade da moda brasileira, com sua riqueza cultural, rizquezas e raízes que pocuo tem se visto nos desfiles, mostras e feiras de uma endumentária pouco vasta em relação a nossa mistura racial, cultural e identitária.
Mas se nossa, identidade esta nesta diversidade de povos que se entrelaçam, nesta pluralidade que se permite tanta diferenciação, então, para mim, de todos, Ronaldo Fraga, além de mineiro e apreciador de pão de queijo, certamente carrega esta bandeira.
Ele consegue, ser tematicamente brasileiro e tematicamente cultural.Não abandona o resto de identidade que possuimos e consegue misturar sem se tornar um vago rendeiro que defende as raizes brasileiras esem possuir o medo do outro.Ele tem a delicadeza de representar um estilo brasileiro, criar um simbologia de nação, sem deixar de ser cool aos padrões estabelecidos pelas modinhas mais comerciais que se possa ser vistas.
Ele sim, vive intensamente a pluralidade!!! sem ter medo de não ser comercial, vive pela arte de criar e ser um imaginário alcançado por mentes que tem sede de criação, poder e realce!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Amy vira desfile!



Uau!!!!!
Como não falar do desfile, apresentado hoje pela Triton, no SPFW! Nem me fale das borboletas postas encaixadas no cenário lúdico e rocker da apresentção..como queria estar lá! Pelo menos o mundo globalizado, excludente e concentrador, me dá a internet como forma de interação, mesmo que simbólica!
Amy Winehouse,vistuosamente bela e representada, em roupas maravilhosamente delicadas, com toques sutil de um punkzinho de 80!
Tinha que deixar por aqui,o poder que o Tufi Duek tem em mobilizar minhas emoções ao ver, a caracterização primorosa de uma coleção rica em detalhes consagrados, como o xadrez, mas de uma forma impetuosamente fanstática!!!!!
A bebedeira da Amy, suas locuras foram esquecidas, o cabelo e o olho preto delineado, foram marca primorosa de seu estilo..consagrando o desfile!
Viva as borboletas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 15 de junho de 2008

E eu chorei....


Não venho falar hoje de representação social, o papel da moda como mecanismo de controle, ou mesmo, uma fanática socióloga querendo descobrir o porquê das relações sociais baseada em atores e em seus papeis!!!Como o espaço foi dedicado a moda, seria uma crueldade não deixar meu sincero depoimentos, sob o lançamento do ano, qui sá, do século!


Sex and the city, sempre foi minha série favorita!sempre!acompanhei todas as temporadas, sofrimentos, desilusões, amores conturbados de cada amiga;mas o seriado não se limitava a isso, a mais uma historia fictícia, que não se assemelhava a nenhum conto de fadas...o seriado se tornou ícone fashion,mais do que isso, se transformou em passarela para grandes grifes desfilarem sus tendências; e Carrie,nossa protagonista,levantou a bandeira branca em assumir o poder que uma dolce e gabbana e um vestido caríssimo podem trazer a uma mulher.


Não quero parecer fútil, e também contraditória, mas se teve um momento do qual as lágrimas escorreram e o soluço permaneceu em mim durante o filme,foi quando nossa querida Sarah Jessica Parker presenteia sua assistente com uma Louis Vuitton! E por mais frívolo que possa ser, o filme transcende essa realidade, esse patamar de julgamento!!!A moda, é uma arte, uma válvula de escape,uma construção de uma identidade que não esta isenta de preconceitos, quando comparada a problemas socias, mas sim, um film lúdico, lindo,extraordinário, que no drama, na comédia usa a moda como guancho para todas as pequenas dores da alma!


Vai ficar na minha memória, cada momento, cada roupa, cada riso e cada momento em que se identifica, como cura de todo mal, um Manolo caríssimo para se juntar um amor que se parece impossível.Vale ainda ressaltar, que para os céticos, que não entendem a alma feminina, o filme é um caldeirão de oportunidades, para se ver, o poder que uma bolsa, ou o desejo de tê-la,representa-se mais que uma futilidade, mas sim, uma sensação única de poder, superação e inserção!!!!!!

domingo, 8 de junho de 2008

HARAJUKU....e não é de comer!!!!


Esqueça, tudo que já tiver visto e ouvido falar quando se diz respeito ao Japão, de hashi,suhi,sashimi, ou tudo que tenha iiii no final!
Para falar da moda japonesa, uma foto não basta, poucas descrições também não são capazes de traduzir o imaginário de signos que essa moçada é capaz de transmitir.
O estilo japonês possue uma identidade única, um poder simbólico ímpar, que emerge a um alcance mundial pela força da sua originalidade.
HARAJUKU, é uma famosa área aos redores de Tokyo que concentra a galera mais in do Japão.
E nem venha me dizer, que vai ter um monte de gente de olhinhos puxados, imitando aquele estilo globalizado não, eles possuem um poder de criação, que já atraiu cineastas, artistas e fotográfos.Mas onde quero chegar com isso????
Em 2005, em sua coleção Outono/Inverno Marcelo Sommer, explorou os nuances da gélida Islândia[calma, eu sei, que não tem nada haver com o Jpão..vou chegar lá] e no encarte do seu catálogo afirmou: "Islândia(..)eles não estão nem aí para moda(..)Estão tão distantes e isolados que acabam sendo descoladíssimos.Incorporam uma forma única, meio lúdica de viver longe de tudo.Isso que impressiona.Não é a natureza, não é o gelo.É o comportamento independente"
Mas e então???Islândia e Japão???o que tem em comum???Para mim,pobre admiradora do mundo fashion,eles possuem algo, que nosso país esta perdendo, o que se chama:Identidade Nacional.Não importa se o páis é puro gelo, e longe de qualquer cultura de massa, ou mesmo se é o mais avançado tecnologicamente,ambos possuem seu comportamento, como afirma Sommer, independente.
No Brasil a identidade nacional, foi engulida, por uma heterogeinidade de culturas de mídia, dominada pela cultura de massa, pela qual se regulamenta o poder simbólico e concretiza essa cultura exteriorizada como ápice da tendência dominante.Esatamos fadados a um empréstimo de valores globais, esvaziando cada vez mais o que resta da nossa propria identidade.Estamos vivendo um conformismo???
A identidade cultural externa venceu???Esta havendo um afastamento da identidade, dominada pela classe dominante???Onde foi parar nossa identidade????eu concordo, que estamos num mundo dominado pelo mercado,pela mídia, pela música;um mundo onde a representatividade neoliberal se tornou carro-chefe das relações,mas isso, não é barreira, para olharmos só para fora, como espelhos de nós mesmo.
E nossos valores???e nossa cultura???Onde foi para nossas raízes??????
PS: quem quiser ler sobre os HARAJUKU, esse link tem toda a história!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

E não venha me dizer.....


Ontem estive pensando, sobre uma cena que presenciei a pouco tempo, e que me ligou em outro assunto muito interessante.O valor da griffe!


Um dia, estava com meu livro: "O Diabo Veste Prada", sob a cama, e uma amiga minha, inocentemente, perguntou: Prada é um tipo de roupa para o diabo????

Muitos poderiam rir...e outros poderiam ficar calados, porque insistentemente, também não sabem o que é Prada, nem Louis Vuitton, Chanel, Gucci enfim, as mais famosas e globalizadas marcas de griffe.Mas isso para mim não é motivo de chacota, sinceramente, mas sim de valores.


Por exemplo, e nem preciso ir muito longe no meu exemplo não...Se hoje, eu entrar na minha sala da faculdade com uma bolsa Louis Vuitton, que não custa menos que uns 15 mil reais, as pessoas, podem até reparar, na minha bolsa, por ser nova, mas nunca pela marca.Afinal, esse produto, não possui nenhuma simbologia de representação ao estamento que pertenço, e muito menos na comunidade na qual vivo.Isso seria o mesmo, que eu aparecer com a mesma bolsa em um baile funk.Eu não ia ter mais ou menos prestígio, e muito menos estaria carregando comigo, um signo de diferenciação, ou status.Acredito que muitos ali, poderiam achar até brega aquela bolsa, cheia de letrinhas..L e V.

Como cita Simmel, a moda é um produto de separação de classe, significa o pertencimento em relação aqueles que estão na mesma situação.

Mas e neste caso????

O status que a bolsa, ou qualquer outro artigo pode me oferecer, depende também, da posição pela qual me insiro, assim, eu não estar na mesma situação, não constroe uma imaginário de valores.

Esses valores só se constroem e possuem maior visibilidade, quando tenho uma relação semelhante com o outro.Assim, produtos falsificados das marcas mais famosas mundialmente produzem a ilusão da diferença e distinção mesmo sendo apenas copias do original.

E não venha me dizer, que alguém compra uma calça falsificada, por causa da qualidade oferecida pelo produto, pois sabemos, que não compramos a calça em si, mas sim a simbologia que esta inserida nela, melhor dizendo...a etiquetinha de 2 cm, no bolso, quase que invisivel aos olhos.


" A griffe é a marca que muda não a natureza material, mas a natureza social do produto" - Bourdieu


Por que será que temos essa necessidade de justificarmos em frente a sociedade??????

quinta-feira, 5 de junho de 2008

From Uk, Emo é passado!!!!

From uk..evolução dos emos!

Bem,resolvi dedicar essa postagem de hoje, a essa nova tribo fashionista que esta aprecendo nos sites, capas de revistas e nas ruas.Ainda não tive a oportunidade de topar, com os pós-emos, mas, admito, que seria uma grande novidade, para entender os disfarçes da nova sociedade pós-moderna!


E o que me chamou atenção, não foi a invasão fashion, nem a criação de um estilo em massa, mas foi acima disso, listinhas publicadas em sites e blogs, sobre o que vc, como um bom jovem interligado na moda, deveria, se caso quisesse estar in, comprar para se tornar um.De marca de tênis, a adereços obrigatórios.Não consegui entender muito bem.

Quer dizer, que seguir um padrão é ter estilo??????

ou obedecer esse padrão, faz com que, vc ache que esta deliberadamente, e indeiretamente se satisfazendo de um estilo criado e copiado por um tanto daqueles que não foram capazes de assumir sua própria identidade????


Ao contrário...sempre fui a favor de novas tribos que surgem e ressurgem.Eu mesma, já fui de tudo..no sentido..de criar meu estilo próprio, baseado, em culturas diversas..já quis ser hippie, já quis ser clubber, já quis também ser eu mesma e ninguém ao mesmo tempo.

Mas não sou a favor..de se inserir a uma determinada onda fashion, por meio de listinha, sem pertencer aquele estilo, só para falar..ei, sou um novo pós-emo.Acaba que no final são todos iguais, e no meio de muitos, poucos são capazes de realmente se destacar!

Se vc curtiu o estilo, entendeu a cultura que permeia em volta desta nova onda..ok, vá em frente..crie e recrie, mas não perca sua identidade copiando listinhas..
sou a favor da identidade pessoal, própria e ousada, mas jamais a uma uniformização!
e nem me venha com listinhas!!!
Só um Ps: se mesmo assim, resolver ser um from uk, baseado em adereços tidos como certos e errados, vai um diac que li: Tênis, sempre, sempre mesmo, branco...ah! e all star! se não só serve adidas ou nike! não se esqueçam....!!!!!!

terça-feira, 3 de junho de 2008

E Eu com Isso?????


Hoje pela manha, estava discutindo socialismo, problemas socias, Marx, revolução, e me deparei em frente, a uma questão.Mas e a Moda, ela reflete algum problema social, ou ela é apenas um mecanismo regulador?Ela se insere no capitalismo como um elemento, que exclui para incluir?Ou todos, a que ela se faz presente, a tem como uma forma de representação social, tão fútil e frívola, que não serve de embasamento de estudos sociais????
Eu estava pensando - continuei pensando!- e se eu achasse a moda, um assunto substantivo, não dedicaria tempo a tentar entende-la, como fator de representação social.A moda, sempre representou um papel de separação da sociedade em classes, servindo desde a mais antiga Antiguidade - que pleonasmo!- como um fator de distinção de qual classe social o indivíduo pertence.Todas as sociedades usam a moda para transmitir informações, representando o papel do individuo, transmitindo as outras pessoas impressões falsas ou verdadeiras sobre nós mesmas.
A moda é uma linguagem global, que transpoem as fronteiras de classes, formando uma comunicação não-verbal.Exibir-se é uma forma de enunciar a presença, sua existencia, tendo o corpo, e os adornos como um outdoor, para se dizer, "Ei, estou aqui!"; um reconhecimento para os diversos atores.
É certo, que as roupas, a moda em si, traz em sua essência de servir como forma de distinção social e posição social.Não é meu interesse de fato, tentar mudar essa divisão de classe que a roupa representa.Até porque não vejo meios, há não ser marxistas, de impor uma uniformização, o que não é de meu agrado, afinal, defendo uma construção de uma identidade alheia a regras; o que deve ser visto, não é essa divisão que é proporcionada, e nem como acabar com essa distinção de classes, até porque atualmente, a imitação de produtos, não insere, mas cria um imaginario desta inserção, naquele grupo que busca se sentir dentro de um pertencimento social, sustentando símbolos de uma alta cultura.
O que vale ressaltar é o poder da identidade, o poder de se impor gostos, sem medo, de bolinha ser certo, e quadradinho ser errado!

domingo, 1 de junho de 2008

O Brasil tem Estilo?????



Hoje, eu parei o dia para ler o livro, O Brasil tem Estilo? da Ruth Joffily.Um livro fininho,interessante e que retrata a moda brasileira, sob um ponto de vista: histórico, de estilo, gosto e da importância da imagem.

Se alguém me perguntasse...Se o Brasil tem Estilo, ficaria um tempo na dúvida, mas, daria minha resposta certeira, de que NÃO;o Brasil, ele não tem estilo.

Ao parar para ler o livro da Ruth, olha lá, ela parece ter mesmo essa visão, da perca da identidade, do preconceito e de uma sociedade uniformizada, apática para um conceito novo de estilo,e dependente daquela modinha de novela das 8, como uma unificação nacional, de gostos, cores e tecidos.

A moda brasileira, é uma moda aliada constante a uma busca de status.As pessoas não buscam se conhecer, criar uma identidade; querem seguir a moda, ao pé da letra, sem ousarem, sem buscarem o novo. Os brasileiros permetuam um medo de não se sentirem inseridos em um contexto social, pela falta de ousar!Preferem combinar, ver o que aquela atriz famosa esta usando, mas não, nunca, jamais, pretendem sair desta linha, afinal..o status é um elo entre aqueles que querem estar in...nunca Out!!!!!

A criação de um estilo, fica restrita a uma minoria capaz de fazer a diferença!E é sobre esta diferença que quero falar depois!

aqueles que não tem medo de ousar!